"Queria não ter sido sincero
Queria enganar a emoção
E renegar seus agrados
Queria não ter sido amigo
Com palavras doces
Um ombro, um abrigo
Queria ter controlado
O desejo, a fome
Do seu beijo bandido
Que me jogou nas suas mãos
Queria ter notado
O brilho do olhar
Ao rasgar minha roupa
Na língua lasciva
Ao percorrer meu corpo
No abraço que acolhe
Na unha que me corta
Deixa tudo à mostra
Minha culpa, meu medo
De sucumbir aos apelos
Do corpo que me quer
Imagem de mulher
Experiente, vivida
Que tanto sabe da vida
Na espera de um gesto
Para atacar e devorar
E assim poder saciar
O sentimento contido
Nas cores de um amigo
Que aprendeu a te amar
Mas depois veio a cama fria
Sem você só existe agonia
Vivo a contar os dias
Do grito na noite
Do seu paladar"
Queria enganar a emoção
E renegar seus agrados
Queria não ter sido amigo
Com palavras doces
Um ombro, um abrigo
Queria ter controlado
O desejo, a fome
Do seu beijo bandido
Que me jogou nas suas mãos
Queria ter notado
O brilho do olhar
Ao rasgar minha roupa
Na língua lasciva
Ao percorrer meu corpo
No abraço que acolhe
Na unha que me corta
Deixa tudo à mostra
Minha culpa, meu medo
De sucumbir aos apelos
Do corpo que me quer
Imagem de mulher
Experiente, vivida
Que tanto sabe da vida
Na espera de um gesto
Para atacar e devorar
E assim poder saciar
O sentimento contido
Nas cores de um amigo
Que aprendeu a te amar
Mas depois veio a cama fria
Sem você só existe agonia
Vivo a contar os dias
Do grito na noite
Do seu paladar"
- Marclëi Silva