22 março, 2007

POESIAS QUE RECEBI DE AMIGOS



Jair:
Segue o esboço de nossa primeira conversa. Lembra? Eu havia deixado o computador com a memória guardada, alinhavei o rumo da prosa... ficou engraçado.

Ora ora, apareceu... E em boa hora.
Honra-me e chama de poeta, esta generosa gineta
Que cavalga versos e palavras com tanto mister.
Mas falando com verdade e meta,
Eu não sou um poeta. Quem dera, estaria no céu.
Sou apenas um pobre menestrel.

E no meu jardim de hibiscos
Faço meus rabiscos.
Rabiscos... rabiscos são apenas riscos.
Rimas de um bufão em compassos dissonantes,
Que se não são brilhantes agora, não seriam antes;

Mas li a imagem que a senhora deixou.
O rosto inclinado, curvado.
Porém não subjugado a nenhum senhor.
Os olhos profundos e conscientes,
De alguém com vontade forte, que a sorte me fez conhecer.

Observei a maquilagem... Ó tola coragem
em retocar o que mais belo não pode ser.
Mas chamar-me de poeta é uma honra;
Que me queda em alegria
E demonstra quão generosa esta bela dama pode ser.